Mark Tansey Monte Sainte Victoire

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Leituras preliminares

Para que serve a crítica? Charles Baudelaire
"Acredito sinceramente que a melhor crítica é a que é divertida e poética; não uma crítica fria e algébrica, que, a propósito de tudo explicar, não expressa nem ódio nem amor e se despoja voluntariamente de toda espécie de personalidade (...).
"Quanto à crítica propriamente dita, espero que os filósofos compreendam o que eu vou dizer: para ser correta, ou seja, para ter sua razão de ser, a crítica deve ser parcial, apaixonada, política - isto é, concebida de um ponto de vista exclusivo, mas que descortina o máximo de horizontes"
 O ponto de vista do crítico? Mário Pedrosa
Pedrosa explicando-se e tomando emprestado Baudelaire

"(...) O ponto de vista que abre mais horizontes (...) Desse ponto de vista, o tempramento do crítico, sua bagagem de gostos, preconceitos, experiência vivencial e cultura perdem o extremo subjetivismo, se fundem, se amoldam, se hierarquizam nos sucessivos planos panorâmicos daquele, de modo a permitir-lhe, afinal, falar, apreciar, julgar para além de suas mesquinharias pessoais, de seus partipris unilaterais, preconceituais, do mero gosto ou da impressão passageira.

"O ponto de vista do crítico pode ser mais amplo ou mais estreito. Só não pode ser eclético (....) [pois] o poeta continua a nos ensinar que a imparcialidade dos ecléticos é a prova de sua impotência."

O crítico de arte: de Raoul Hausmann (1919/20). Dinheiro pelo pescoço, bolso suspeito, vê a arte com olhos falsos, fala com uma boca que não é dele...

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