Mark Tansey Monte Sainte Victoire

domingo, 23 de outubro de 2011

Kant - Analise do belo

O juízo de gosto é estético.   p. 48
Complacência - que ligamos à representação da existência de um objeto.
O juízo de gosto é, independente de todo interesse.
·      Agradável interesse - não é um simples juízo mas um desejo de ser afetado por tal objeto.
·      Bom interesse - bom é o que é apraz mediante a razão pelo simple.
Conceito - instrumento, meio para outra coisa. Ambos em ambos esta contido o conceito de bom estão ligados à interesse.
Mas o juízo de gosto é meramente contemplativo, não é teórico nem prático. Não é fundado sobre conceitos e nem os tem por fim.
Explicação do Belo: Gosto é a faculdade de ajuizamento de um objeto ou de representação. Belo é a representado sem conceitos como objeto de uma complacência universal.
O belo não é qualidade do objeto, ele é o juízo não é lógico. O juízo estético contém simplesmente uma referência da representação do objeto do sujeito.
A universalidade do juízo (de gosto) é subjetiva.
O belo é o que apraz universalmente sem conceito.

""Os valores de beleza, presentes na obra de arte, igualmente nos oferecem uma espécie de reconciliação entre a razão e a imaginação, já que, na contemplação estética, a bela aparência que admiramos parece inteiramente penetrada dos valores do espírito. Finalidade sem fim (isto é, harmonia pura, fora de todo móvel exterior à obra de arte), a beleza oferece à nossa imaginação a oportunidade de uma satisfação inteiramente desinteressada.
Ela é, no mundo kantiano, o exemplo único de uma satisfação ao mesmo tempo sensível e pura de todo egoísmo, o momento privilegiado em que uma emoção, longe de manifestar meu egoísmo dominador, dele me liberta e, como se diz muito bem, me "arrebata". "" http://www.mundodosfilosofos.com.br/kant2.htm

A Critica do Juízo
O livro compõe-se de 2 partes: a crítica do belo e do sublime; a ciência da finalidade. A finalidade é o que precede a ação e aquilo cujo cumprimento acompanha a ação, é o fim. A realidade / natureza / universo se investiga a relação de causa e efeito = causalidade. A finalidade só se coloca diante da vida e da beleza.
Os objetos que causam prazer (belo, sublime), a simples causalidade não o explica - se são belos não é por causa da utilidade.
A forma (form) distingue a consciência de beleza de uma percepção. A form é aquilo que já se anuncia a um sujeito apenas consciente, e que lhe permite orientar-se na desordem da pré-objetividade. Mesmo sem conceitos empíricos e quando as percepções dispersas ainda não estão unificadas sob um conceito de objeto, a imaginação inventa regras e a vida estética conserva uma genialidade da qual a antropologia dá exemplos. (Lebrun, p. 462)
“Na Analítica do belo não estabelece distinção entre o sentimento vivido (finalidade subjetiva propriamente dita) e a representação que o precede e atrai, de modo que a finalidade sem fim designa ao mesmo tempo “simples prazer” e a propriedade de uma figura dada ‑ ora “a representação pela qual um objeto nos é dado (...) ora o efeito produzido em nós exclusivamente pela forma do objeto (...) O juízo de gosto só tem por princípio a forma da finalidade de um objeto (ou seu modo de representação). Ora seria certo que os dois conceitos são equivalentes e que partindo de um ou de outro chegaremos à mesma delimitação do juízo de gosto?”(...) (Lebrun, p. 451-54)
O belo só tem sentido pela finalidade subjetiva, não poderia designar ao mesmo tempo uma região da objetividade; se ele não passa de uma figura do imaginário, ele não pode ser posto em uma categoria determinada de formas mundanas” (Lebrun, p. 454-55).
BAYER, Raymond. História da Estética
LEBRUN, Gérard. Kant e o fim da Metafísica
_____________. Sobre Kant
FERRY, Luc. Homo Aestheticus
KANT, Imanuel. Crítica da Faculdade de Juízo.

Um comentário:

Fabiano Dias disse...

Clara,

Veja este vídeo: http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=csBzlE-PQOU
do filósofo (moralista) Roger Scruton. Passei este video na FAACZ e criamos um debate sobre o belo...

Fabiano Dias