Mark Tansey Monte Sainte Victoire

domingo, 23 de outubro de 2011

Sublime - Burke e Kant


A tradução do tratado “Do Sublime” exerceu uma influência considerável na segunda metade do século XVII (Longino e Boileau); Du Bos em Reflexões críticas sobre poesia e pintura, sublinhou a natureza paradoxal do efeito estético. Edmund Burke se propõe a analisar tal prazer paradoxal: “Tudo o que trata de objetos terríveis, tudo o que age de maneira análoga ao terror, é uma fonte do sublime”. In. Edmund Burke. Observações sobre o Sentimento do Belo e do Sublime, 1764. 
O sublime segundo Burke: Tudo o que exercita as idéias de dor e perigo; que produz a emoção mais forte que a mente é capaz de sentir; * As idéias de dor são muito mais fortes do que as da área do prazer; * Os tormentos que nos podem fazer sofrer são muito maiores em seu efeito no corpo e na mente que quaisquer prazeres. 
O sublime e o espanto ainda de acordo com Burke: Efeito do Sublime no mais alto grau; Paixão causada pelo sublime;  Estado de alma no qual todos os movimentos ficam suspensos, com um certo grau de horror;  A mente está tão cheia de seu objeto que não pode entreter-se com outro nem raciocinar sobre aquele que a ocupa. 
O sublime e o terror: O medo é a paixão que priva a mente de todos os poderes de ação e raciocínio (opera semelhantemente a dor real) ;  O que é terrível em relação à visão, é também sublime, seja esta causa dotada de grandeza de dimensões ou não;  O terror é em todos os casos, de maneira aberta ou oculta, o princípio regulador do sublime;  Para tornar algo terrível é necessária a obscuridade. 
O sublime e o belo de acordo com Kant: Tanto o belo quanto o sublime são disposições da faculdade de sentir; Sublime é o que é absolutamente grande, acima de toda comparação;  Trata-se de uma grandeza que é igual simplesmente a si mesma;  O sublime não é objeto, e sim a disposição do espírito, uma faculdade de ânimo que ultrapassa os padrões de medida dos sentidos;  No prazer do belo, que é a expressão sensível de juízo, o que conta é o efeito da representação sobre o sujeito.  
De acordo com o filósofo alemão Imannuel Kant (1724 - 1804), em seu livro Crítica da Faculdade do Juízo, sublime é o que e absolutamente grande, acima de toda comparação. E o que apraz imediatamente por sua resistência contra o interesse dos sentidos. Trata-se de uma grandeza que é igual simplesmente a si mesma.  Portanto que o sublime não é objeto e sim a disposição do espírito, uma faculdade de ânimo que ultrapassa os padrões de medida dos sentidos.
Kant divide o sublime em duas categorias:  aquele em comparação com o qual tudo o mais é pequeno e o dinâmico sublime na natureza que é uma espécie de contentamento resultante da cessação de uma situação de perigo”, causado por uma impotência física diante da natureza. Rochedos audazes, mares revoltos, a fúria de um vulcão, remete-nos uma mistura de admiração e medo.



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