Mark Tansey Monte Sainte Victoire

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Descartes/ kant cogito por Deleuze

In Roberto Machado. Deleuze, a arte e a filosofia

O conceito cartesiano de eu ou cogito: “penso logo sou”.
Eu sou uma coisa pensante (Deleuze traduz) Duvido, penso, sou: duvidar, pensar e ser – estes elementos (interrelacionados) formam um conceito.
Conexão Deus e extensão. Este não pressupõe um anterior como o de Aristóteles: o homem é um animal racional. Em Descartes outros conceitos adquirem objetividade a partir do cogito.
Conceitos tem história, não foi criado do nada (....).
A originalidade do conceito kantiano em relação ao cartesiano. Não se diz como os cartesianos “eu sou uma coisa pensante”. Por que kant pode dizer isso? Poque introduz um novo componente no cogito, o tempo, como forma de interioridade, defende portanto que só no tempo a “minha” existência indeterminada é determinada.
O cogito cartesiano em termos: Eu penso é um ato, um princípio de determinação;Eu sou é algo a determinar.
Eu penso determina a existência indeterminada de eu sou. Kant nega esta relação e propõe um terceiro termo: é a forma sob a qual o indeterminado é determinável pela determinação: a forma do tempo. O que muda com a introdução do tempo no cogito?
A existência do Eu penso só é determinável no tempo, portanto um eu fenomenal, receptivo, mutante, porque o tempo é uma forma de intuição que é sensível e não intelectual. O “eu penso” em Kant é um apercepção
O tempo “só nos representa à consciência como nós aparecemos e não como somos em nós mesmos porque só nos intuímos como somos internamente afetados”. Assim o eu transcendental é distinto do eu fenomenal porque o tempo os distingue no interior o sujeito...
A pergunta é o que é o homem?
A idéia de finalidade (teleológica) cede lugar ao sistema de causas eficientes que vigora no mundo fenomenal. É clara a diferença entre o teórico (a ciência) e o prático (a moral). As leis do dever obrigam livremente enquanto as leis da natureza obrigam por necessidade (causal-mecânica). “ O céu estrelado acima de nós” e a “lei moral que em nós existe”. Mundo interior e mundo exterior, a priori e a posteriori – na terceira crítica se trata é um termo médio entre entendimento e razão.
Ai o homem é um objeto entre outros no mundo fenomenal (natureza) e sujeito moral, ele retorna a natureza sem dar-le sentido teleológico
O lugar da liberdade é o pensamento.
Na passagem do belo para o sublime passamos também da arte para natureza.
Mas ao fazê-lo colocamos a natureza sob o domínio da imaginação.
Com efeito o sublime só existe na natureza é o que é absolutamente grande ou aquilo em comparação com o que tudo mais é pequeno, e que deste modo “ultrapassa o padrão de medida dos sentidos”.
Diante do sublime o homem se dá conta que é um temor diante do seu próprio imaginário.

FALTA A BIBLIOGRAFIA 
 

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